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A "Fundação para Educação e Pesquisa sobre a Gravidez" surgiu
em março de 1971. É uma entidade beneficente. Tem dupla
finalidade: difundir informações básicas sobre todos os aspectos da
gravidez para o maior número possível de pessoas e encorajar e ajudar
a pesquisa nesta área da medicina, inclusive a vida fetal, divulgando
os resultados do seu trabalho em jornais, conferências e reuniões
públicas.
Um ano depois, Margaret e Arthur Wynn publicaram um relatório
intitulado "algumas conseqüências do aborto induzido sobre os filhos
nascidos posteriormente". Margaret Wynn é autora de alguns livros
de sociologia familiar. Arthur Wynn, foi um alto funcionário do
governo inglês.
Damos a seguir a relação de alguns pontos interessantes do
Relatório Wvnn
O número de abortos legais não correspondeu à redução de
nascimentos ilegítimos. O aborto é cada vez mais usado como uma
forma de anticoncepcional. Há provas de que mais da metade das
mulheres que solicitam aborto não usaram nenhum método
anticoncepcional. O crescente número de abortos parece ter um feito
bastante pequeno sobre o número de concepções pré-matrimoniais
levadas a termo. As mulheres solteiras, ao contrário das casadas,
estão se preocupando cada vez menos de evitar a concepção. A
confiança numa lei de aborto mais liberal poderia ser um fator de
encorajamento a uma tendência que pode ser expressa em termos
estatísticos com a indicação de que são necessários de quatro a
cinco abortos para reduzir os nascimentos de uma unidade.
Muitas jovens solteiras e casadas que engravidam abortam, acreditando
que o aborto lhes restitua a sua condição fisiológica e psicológica
anterior à gravidez. Mas existem provas de que o aborto
freqüentemente reduz a capacidade de concepção da mulher.
Existem documentos provenientes de diversos países que provam que o
aborto induzido aumenta a mortalidade perinatal, aumenta os abortos
espontâneos sucessivos e de gravidez extra-uterina, aumenta a
proporção dos nascimentos prematuros e provoca muitas outras
complicações que afetam a futura gravidez. Relatórios de diversos
países mostram um aumento substancial no número de nascimentos
prematuros em mulheres que se submeteram antes a aborto. A porcentagem
de nascimentos prematuros na Hungria aumentou de 7% em 1954 para
12% em 1968. O aborto foi legalizado naquele país em
1956.
Um aumento do percentual de nascimentos prematuros ou de mortalidade
perinatal, é normalmente acompanhado de número cada vez maior de
crianças defeituosas. Durante os seis anos que se seguiram à
liberação do aborto no Japão, o número de nascimentos diminuiu de
37% e a proporção de mortalidade infantil em virtude de
deformações congênitas aumentou de 43%. A percentagem de
mortalidade infantil em conseqüência de defeitos congênitos foi
30% mais alta em 1960 do que o tinha sido em 1947.
Para cada criança defeituosa congenitamente, que morre, há outras
menos defeituosas que sobrevivem. Os custos que devem pagar os
serviços sanitários e a comunidade pelas crianças que nascem com
defeitos físicos ou com deficiências mentais são os maiores de todos
os custos do campo assistencial. Quaisquer novas medidas, como a
Lei. do Aborto de 1967, que podem ser interpretadas na práica
como um aumento do sofrimento humano e de despesas, devem ser
examinadas com maior cuidado. As complicações da gravidez
subseqüente, que tem como conseqüência crianças que nascem
defeituosas de modo mais ou menos grave, poderão ser os resultados
mais desastrosos do aborto para a sociedade e mais dolorosos para o
indivíduo e sua família.
O número dos abortos que tem por finalidade reduzir o número de
crianças defeituosas é muito pequeno em comparação com os abortos
capazes de aumentar o número das defeituosas.
O homem que se casa com uma mulher que provocou aborto tem mais
probabilidade de se casar com uma mulher estéril, de ter um filho
natimorto ou defeituoso.
Um relatório do governo sueco estabelece de 4 a 5% a porcentagem de
casos de esterilidade que se segue ao aborto provocado. São
percentagens de alto risco, de acordo com os padrões geralmente
aceitos em outros setores da existência. Uma família porá sua casa
no seguro contra o fogo, com probabilidades cem vezes menor.
Seria ótimo que as jovens, seus pais e seus futuros maridos se
compenetrassem de que o aborto provocado não é nem simples nem
seguro.
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