As fotografias desta página mostram um pé e uma mão de um bebê abortado por curetagem no segundo mês da gravidez, entre os dedos de um adulto e sobre a ponta de um lápis para se ter uma melhor idéia de seu tamanho e perfeição.

Não é possível mostrar em uma fotografia as terríveis conseqüências psicológicas de um aborto. Sua objetividade é particularmente visível nos dias atuais devido aos relatos que são fornecidos pelos países onde esta prática é legal há algumas décadas. Na maioria dos países do primeiro mundo o aborto foi legalizado nos anos sessenta. Agora está começando a aposentar-se a primeira geração de médicos que dedicaram toda a sua carreira à prática do aborto sem nunca terem inflingido a lei. São médicos que desde o início tinham uma posição favorável ao aborto e uma abordagem profissional do assunto. Muitos jamais teriam se dedicado ao aborto se fosse uma atividade ilegal que não pudesse ser praticada com o respaldo de uma prática médica aberta e responsável. Hoje o índice de suicídios entre os médicos que se aposentam depois de uma vida dedicada ao aborto legal é assustadoramente grande; a maioria possui um patrimônio bastante maior do que seus colegas médicos de outras especialidades, mas assim que se aposentam necessitam de terapia e acompanhamento psiquiátrico. A quantidade de médicos praticantes do aborto legal que desiste da prática durante a própria carreira é também imensamente grande, e, ao contrário de outros médicos que simplesmente trocam de uma especialidade para outra sem maiores alardes, nos Estados Unidos constituíram uma liga própria que promove congressos anuais entre ex médicos abortistas. Ao contrário de outros colegas que mudaram de uma especialidade da medicina para outra por uma questão de oportunidade ou de interesse profisional, os médicos que deixaram a prática do aborto legal por outra atividade médica normalmente o fizeram num contexto inusitado entre as trocas de especialidades em outros ramos da Medicina. Muitos o fizeram imediatamente, nos anos setenta, após terem visto pela primeira vez um aborto praticado por eles mesmos em um aparelho de ultra som. Outros o fizeram porque, em uma manhã em que o médico se dirigia para o seu trabalho, sua filha caçula foi atropelada e morta por um carro diante dele, impotente para salvá-la, em um momento em que ele deveria estar fazendo abortos em sua clínica. Outros não conseguiram mais continuar a carreira, interrompendo-a repentinamente após uma aula de obstetrícia na qual explicavam detalhamente diante dos alunos o procedimento do aborto. Nunca se ouviu falar que um cardiologista tivesse repentinamente se tornado ortopedista por motivos como estes, mas histórias deste teor são comuns entre ex médicos abortistas, nos países onde o aborto é praticado e reconhecido como uma especialidade médica supostamente igual a qualquer outra.

Mesmo nos países em que o aborto é legal, muitos médicos que o praticam pedem pagamento adiantado e em dinheiro, ao contrário da prática de todas as demais especialidades médicas. Na Inglaterra nos anos oitenta foi publicada uma reportagem intitulada "Bebês para Queimar" feita por um casal de repórteres estéreis, Michael Litchfield e Susan Kentish. Na Inglaterra o aborto é legal até o quinto mês. Este casal entrou em quarenta clínicas de aborto legal dizendo que Susan estava grávida e precisava fazer um aborto. Em todas as clínicas o teste de gravidez realizado por elas mesmas apresentou um resultado positivo. O resultado era confirmado pela avaliação clícina do médico responsável e um aborto foi marcado, ao qual o casal nunca compareceu. Todas as conversas foram gravadas ocultamente e depois foram publicadas em livro, com o nome e endereço dos estabelecimentos e dos médicos. Quando o casal percebeu que não haveria nenhuma clínica em Londres que reconheceria que Susan não poderia estar grávida, já que era estéril, desistiram de agendar abortos e pensaram em coisas mais absurdas à primeira vista. Propuseram às clinicas restantes que vendessem os corpos das crianças para uma suposta fábrica de cosméticos, e conseguiram obter um acordo. Propuseram que os médicos vendessem abortos tardios ainda vivos para que fossem usados para experiências em indústrias farmacêuticas durante um ano em lugar de macacos como cobaias, e conseguiram obter também um acordo. Quando o livro foi publicado, os autores foram processados por todas as clínicas, foram absolvidos em todos os julgamentos, mas nada aconteceu com as clínicas que continuaram funcionando nos mesmos endereços, supostamente sob a supervisão do Ministério da Saúde britânico.

Se nestes países o aborto já é uma especialidade médica como qualquer outra, por que os médicos que a praticam se comportam de um modo tão diverso, como se ainda fossem criminosos? E se estes, que supostamente tem a devida preparação técnica para enfrentarem o desafio profissionalmente, que se deve dizer da pobre paciente, à qual se nega todo o preparo e informação para administrarem a consciência de terem morto um ser humano a quem deveriam ter amado como filhos? Entre os efeitos psicológicos do aborto um dos mais comuns e menos comentados por todos é a imediata impossibilidade do casal que o pratica em continuar a ter um relacionamento sexual saudável. A mulher que engravida tende por natureza a pretender o apoio total de seu companheiro, e tende, também por natureza, a doar-se inteiramente a ele dentro do contexto do amparo que ela sente encontrar nele. Quando o companheiro exige, apóia, ou mesmo se mostra indiferente diante da morte do seu filho inclusive, por mais paradoxal que seja, quando é a própria mulher que propõe o aborto, a psicologia da mulher interpreta mais cedo ou mais tarde este fato como a mais brutal das agressões que poderia ter recebido de seu companheiro. Ainda que ela tivesse tivesse tido por primeiro a idéia do aborto, foi o seu companheiro que permitiu a morte do seu filho. Em vez de uma entrega amorosa, é um crescente ódio que passa a dedicar ao seu companheiro, com o que a vida sexual termina de imediato. Muitas mulheres que concordam em submeter-se a um aborto para não perderem seu companheiro na verdade não precisariam fazê-lo para evitar esta conseqüencia. De fato, já o perderam no próprio momento em que realizam o aborto.

Muitas pessoas todos os dias entram nos consultórios médicos pedindo uma opinião sobre se devem ou não abortar. Muitas abortam, muitas não abortam. Nunca ouvi nenhum relato, tanto de minha parte como de outros médicos, de alguém que não tivesse abortado e houbesse se arrependido. Em compensação, há montanhas de casos das que se choram amargamente as conseqüências de ter abortado, mesmo quando tinham motivos considerados por muitos razoáveis para isso. O número das que se arrependeram deve ser certamente maior do que os que o manifestam externamente. Algum motivo deve haver para isso. O motivo principal deve ser evidente para quem tiver lido com atenção estas páginas e tiver a sinceridade necessária para reconhecê-lo. O aborto mata um ser humano inocente. Não se pode negar isto. Seja qual for o motivo que você tenha para abortar, você está matando o seu próprio filho. Isto é a pior experiência que pode acontecer para qualquer mãe, pior do que qualquer coisa outra experiência possível. Se é possível existir um motivo razoável para que alguém acredite que possa ter o direito de matar o seu próprio filho, não há por que não possa havê-lo também para matar a sua própria mãe ou o seu próprio marido. Experimente alguém fazer isso e veja se pode conduzir uma vida saudável. Faça disto a sua profissão, fique rico, e digam-nos depois para o que isto terá servido.




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